quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Para mim é muito difícil falar de Mané Garrincha, mas Carlos Drummond de Andrade conseguiu definir o sentimento que o mundo todo, mas em especial nós Botafoguenses sentimos pelo craque e por sua história que é transmitida de geração em geração:


“Se há um Deus que regula o futebol, esse Deus é sobretudo irônico e farsante, e Garrincha foi um de seus delegados incumbidos de zombar de tudo e de todos, nos estádios. Mas, como é também um Deus cruel, tirou do estonteante Garrincha a faculdade de perceber sua condição de agente divino. Foi um pobre e pequeno mortal que ajudou um país inteiro a sublimar suas tristezas. O pior é que as tristezas voltam, e não há outro Garrincha disponível. Precisa-se de um novo, que nos alimente o sonho.”

Acho que isso diz tudo, toda gratidão que devemos a ele por ter tornado o futebol tão belo, mesmo com o fim triste que teve, eu só posso dizer: Obrigada Garrincha!

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